quarta-feira, junho 22, 2005

Levanta-te e Ri

Nem sei sinceramente como começar a escrever este post...mas alguma coisa há-de sair... Acerca da minha participação no programa Levanta-te e Ri (LeR), que posso dizer?
Achei maravilhoso ter tido os meus 15 minutos de fama...
Adorei estar ali, em directo e sem rede, com tudo o que isso acarreta, pressão, nervos, vontade de mijar de 10 em 10 minutos, etc....
Adorei conhecer aquelas pessoas fantásticas que trabalham incansavelmente para que tudo dê certo no momento certo...
Estar por dentro de um programa de televisão e ver como se processam as coisas até passar o genérico final, é uma experiência muito boa...
Perceber o que resulta em televisão e os truques que aprendi, são impagáveis... Mas isso é pessoal e só quem por lá passar e verificar in loco, poderá comprovar...
Agora a verdadeira razão que me levou a escrever estas linhas: Os Agradecimentos.
Em primeiro lugar, (e seria de uma estupidez enorme não o ser), ao João Seabra.
Ao meu padrinho no Stand-up, que esteve na minha estreia em Beja, que me pôs a fazer um bocado no Nuts, que me deu uns truques e umas dicas e que esteve também no LeR, na minha estreia em televisão.
Pela sua simplicidade, amabilidade, pelo seu crédito em mim, pelo seu talento natural e por ser para mim, o maior deles todos...(Por mais abichanado que isto pareça) ADORO-TE JOÃO, obrigado.
Depois, ao Carlos Barreto, pela sua aposta em mim, pela paciência que teve comigo, pelos conselhos de postura, dicção e outros truques de palco e camaras, pela boa disposição e por não me ter espancado quando me esqueci da punch line final, outro MUITO OBRIGADO.
Ah, espero que me convides mais vezes...
Em terceiro lugar, aos outros "colegas".
Ao Miguel Barros, que digam o que disserem, é um gajo do caneco!
Porreiraço, simpático, educado, com piada (sim ele tem), sempre pronto a ajudar.
Ao Fernando Rocha, pelas mesmas razões do Miguel, com a agravante de que se podia ter envaidecido e empinado, mas é um gajo 10 estrelas, que me disse apenas para ter calma e curtir como o CAR..........HO.
À Teresa, por apesar de estar tão em pânico como eu, mostrar um serenidade exterior e ter um humor ácido e corrosivo que me fez querer ser sempre seu amigo.
Depois a toda a equipa do Programa que me fez sentir como se estivesse em casa e que me tratou como se fôssemos velhos conhecidos.
Depois a todos os amigos que me telefonaram antes e depois do programa.
Por último, à familia, que não era preciso estar aqui a dizer nada.
Agora a parte lamechas da coisa: A Dedicatória.
Como sempre, há um infelizmente nestas coisas.
Sei que apesar de não terem visto, por razões diferentes, estiveram comigo a dar-me força e tranquilidade interior.
Estes meus 15 minutos, foram acima de tudo para eles.
A minha Avó e o meu Pai.



PS: Espero que não tenha sido uma situação unica porque quero lá voltar... Ai, ai se quero.

domingo, junho 12, 2005

I had a dream...just a dream...

Vejo-te, toco-te, sinto
Encosto-me a ti, teu corpo no meu
Silencio-me, escuto, não me minto,
Tudo o que me apoquenta entretanto desapareceu.

Pego na mão, entrelaço em ti os dedos,
Deslizo na tua pele, paro, respiro fundo,
Olhos nos olhos, leio em ti os meus medos,
Entro, suave, parto à descoberta do teu Mundo.

Calmamente, deixo-me abraçar nesse mar de prazer,
Paro, recomeço, tento encontrar a fonte das emoções
Talvez nunca a encontre, não tem que assim ser
Colo-me ao teu peito, sinto o bater dos corações...

Entre os beijos doces, perde-se a mão que acaricia
Um turbilhão que irrompe cá dentro, na alma,
Atingimos o extâse, ficamos calados, nasce o dia
A respiração descontrolada, aos poucos se acalma...

Pela janela semi-aberta, tenta o Sol entrar,
Nada se move, só o pensamento percorre a mente
Não quero sequer imaginar, que quando acordar,
Tudo foi apenas sonho, que tudo é tão diferente...

segunda-feira, junho 06, 2005

A culpa é minha...

Não chores, sabes que não sinto o que digo
Não mereces tanta amargura minha
Sei que queres o melhor, te preocupas comigo
Que rezas por mim quando estás sozinha.

Não chores, se a cada palavra te causo dor
Sei que sofres em silêncio esta triste situação,
Sabes que tens de mim incondicional Amor,
Que o que a boca diz, não fala pelo coração.

E se no passado vivemos sempre em atrito,
Quase em guerra, opostos, em confrontação,
Mas se um de nós se encontra algo aflito,
Basta olhar em volta, o outro está lá a dar a mão.

E a cada queda que dou, pedes a Deus que me acuda
E a cada passo que dás, sabes que estou contigo,
Sei que sempre que seja necessário, tenho a tua ajuda
Sabes que daria a vida para te livrar de qualquer perigo.

Não é este o poema que tenho guardado para ti,
Não estão todas as palavras aqui contidas também,
Mas ainda não chegou o momento certo para mim...
Agora só quero pedir desculpa e dizer que te amo, Mãe!!!!

quarta-feira, junho 01, 2005

Morreu a Solidão...

Sento-me, sinto a brisa acariciar-me a cara,
Observo telhados imperfeitos rasgando ao fundo o céu,
Penso, reconstruo mentalmente cada passo que dei,
Nem sempre foi assim, já fui feliz em tempos bem sei,
Já vivi na ilusão que me cobria por inteiro, como um véu
Sem ver nos outros os sinais em que toda a gente repara.

Vejo as nuvens acumularem-se prometendo trovoada,
As pessoas correm, abrigando-se fugindo rapidamente da rua,
Mas não me atemorizo,continuo sentado, sossegado...
E caiem as primeiras pérolas de chuva por todo o lado,
Avanço para ela, sorrindo, para que me lave a alma, escura e nua
A roupa agora pesa, escondo entre as gotas, lágrimas na cara molhada

E o relâmpago que rasga furioso, seguido dum estridente trovão
Faz circular mais depressa o sangue, inunda-me de adrenalina
Rodopio, apetece-me abrir asas e voar, partir daqui rápido
Alucino, quase que "tripo" sem tomar nenhum ácido
Na insana loucura, cometo homicídio, matei a menina,
Nunca a tinha visto, sei só que o seu nome é "Solidão"...