sexta-feira, novembro 17, 2006

Queria-te aqui...mas não estás.

Olho em redor,
Não te vejo,
Não tenho os teus lábios para lhes beber um beijo.
Não te sinto,
Percorro o Mundo, não te encontro.
Mergulho nas águas e busco-te nessa imensidão,
Não te tenho aqui.

Sento-me,
Procuro-te nas memórias frescas do dia,
Descubro-te de costas, à porta de saída,
Balbucio algo que te impeça que vás,
Pestanejo e num segundo,
Onde te vi, tu já não estás.

Sei que voltas,
Sei que quando chegar, estarás aqui.
Mas e agora onde estás?
Logo agora que precisava de ti.
Para me encostar no teu peito,
Sentir o calor, o carinho, o Amor,
Que só tu me dás nesse teu jeito.

E agora onde estás?
Sinto-me triste, estou mal assim,
E só penso em coisas más,
Quando não estás, estás longe de mim.
E perco-me no labirinto do vazio,
Apesar de o saber de cor,
Longe de ti tenho frio,
Mas tu não estás, não há calor.

E quando chegares, eu não estarei
E embora estejas aqui, por fim,
É triste saber que continuarei,
A ter-te, mas na mesma longe de mim.
E nesses momentos de solidão,
Em que os segundos se arrastam devagar,
Será que levantas a questão,
Se te sentes como eu, por eu não estar?

3 Comments:

Blogger Eduardo Ramos said...

Migel!
Li uma parte da tua Poesia.
Gostei!
Não maravilhado! Mas consegui ler, o que é bom! Acredita!
Um bocado amargo demais, por vezes.
Este comentário não é para esta poesia, mas no geral.

De minha autoria.
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A poesia sai da entranha.
Vomita-se um doce acidulado.
Brisa que na cara se apanha.
Um tombo de um pé trocado.
Um gesto perdido no nada.
Um vento. Uma rabanada.
Um movimento perpétuo.
Carícia feita por uma rajada.
Uma folha que teima não cair.
Uma flor que teima em abrir.
Uma queda depois de subir.
Um sol. Uma criança a sorrir.

A Poesia somos nós,
Quando estamos sós.
A Poesia é um estranho,
No meio de um rebanho.

É o rasgar de um cortina.
É o fechar de uma janela.
Navegar dentro de uma tina.
Lanterna dentro de uma estrela.

A Poesia é o tudo.
O brincar com a coisa séria.
Um revolucionário mudo.
O ouro no meio da miséria.

ER 21-11-2006
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Foi feito agora mesmo em homenagem ao gajo que gosta de escrever.
Parabéns.

terça-feira, novembro 21, 2006 10:53:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

e escreve poesia..sim senhor, este homem não pára de me surpreender! lá está, tenho que lá ir almoçar mais vezes, a conversa seria como as cerejas certamente ;)

quinta-feira, abril 17, 2008 5:24:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Este é o meu preferido...
E neste momento estamos messsmo longe :(
Tenho muitas saudades tuas!
Amo-te...

terça-feira, outubro 14, 2008 12:32:00 da tarde  

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