quarta-feira, julho 16, 2008

Longe está...

Envolto na espuma da maré,
Traz-me o mar a lembrança,
Revolto, agitado, tão bravio ele é,
Faz-me pensar como é bom ser criança.

Afastado dos que amo,cá estou,
Vejo ansioso cada segundo passar,
Mas o vento mais sábio sussurrou,
"Acalma-te, para eles vais voltar".

Mas a distância aperta-me o ser,
E até a coisa mais banal,
Cá, ao longe, faz mais doer,
Quando não é nada, ao perto, afinal.

E as mulheres que amo, onde estão?
E o maior tesouro que tenho?
De pensar neles parte o coração,
Mas a distância e o Amor têm o mesmo tamanho.

E o meu velho lobo do mar,
Sozinho, noutro lado deste mundo,
Não vejo a hora de todos abraçar,
E soltar o sorriso que tenho preso no fundo.

E o meu mano, o meu gigante do sorriso?
Solto sozinho, defrontando a fera,
Mas não temas, que o que é preciso
É fazê-los saber que não perdem pela espera.

Mas o que corrói o interior,
É saber que o meu sangue está a crescer,
Lindo, esperto, com todo o meu Amor,
Mas mata devagar, não estar lá para ver.

E quando se assoma a brincar,
Com os pés, o babete ou a chupeta,
Os meus olhos também vem lavar,
E percebo quão injusta esta vida, uma treta.

Por isso, meus queridos,
Num grito silencioso de saudade vos chamo,
Que é por todos os nossos momentos vividos,
Que hoje vos digo,cada dia mais vos Amo!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lindo,lindo.

quinta-feira, julho 17, 2008 1:06:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Seu texto é bom. Porém, de mais atenção ao português e à concordância, busque, ainda, manter o mesmo estilo de linguagem e textualização em todos os versos. Meus parabéns.

domingo, janeiro 03, 2010 11:35:00 da tarde  

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