segunda-feira, março 07, 2005

Aviso à Navegação

Consegui perceber o que queriam de mim,
Usarem e desfazerem-me a própria vida,
Mas tentei tudo para que não fosse assim,
Tanto quanto evitei a sua despedida.

Nada mais era possivel eu fazer,
Para terminar de vez com tal dor,
Tanto tempo demorei a entender,
Que era por outro que tinha Amor.

Assim quis, assim foi feito,
Nem precisava tanto mistério,
E naquela boca eu tinha tanto defeito,
Mas não eu, quem cometeu o adultério.

As desculpas para poder sair com decência,
Não justificam tanto tempo ter mentido,
Atentarem contra a minha inteligência,
Ainda me deixou mais ofendido.

E toda esta experiência dificil e nova,
A encararei como se tratasse de uma luta,
Quiseram da pior maneira pôr-me à prova,
Vou vencê-los a todos, filhos de puta.

E a raiva quando vejo as fotografias,
Ou quando tenho uma simples recordação,
Injecta-me força para enfrentar estes dias,
Faz-me acordar de manhã com uma razão.

E consegui com esforço ficar vivo,
Fazendo da excepção uma regra,
Assumi o vosso unico objectivo,
Fazerem-me a vida ainda mais negra.

E tais actos não irei permitir,
Que tentem mais me prejudicar,
E irei fazer-vos na pele sentir,
A ira, a raiva que vou descarregar.


Não é promessa, aviso ou ameaça,
Podem estar certos que será assim,
Pois o mal que alguém vos faça,
Já mo fizeram vós pior a mim.

E este Homem que não mais vos ama,
Aqui, por certo vos pode afiançar,
Que mesmo quando estiverem na lama,
Nem por isso as armas irei descansar.

E quando os nervos vos incharem,
Não esperem de mim compaixão,
Lembrem que a maneira de me atacarem,
Vil, cruel, ordinária, foi à traição.

E hão-de pedir mesericórdia, piedade,
Aos meus pés vos hei-de ver ajoelhar,
E quando no ataque não sentir necessidade,
Pensarei finalmente em parar.

E notem com clareza o que eu digo,
Já que do vosso lado não me quiseram,
Se me preferiram na linha do inimigo,
Serei ainda pior que o que esperam.

Be aware