terça-feira, março 01, 2005

O Fim Anunciado

Quem me dera poder agora acordar
Olhar e ver-te aqui ao meu lado
Perceber que tudo o que se está a passar,
Não é real, apenas tinha sonhado.

E enquanto dormias, eu te admirava,
Dando Graças por tudo não ter existido
A mão ao de leve no cabelo suave te passava
E estavas ali, não tinhas partido.

Anichando-me a ti, sentido o teu calor,
Ficávamos dois corpos unidos num só
E ao acordar faríamos Amor,
E o nosso mundo não seria apenas pó.

Sussurrava-te ao ouvido um "Amo-te" terno,
Murmurarias um "Muito", tão lindo e tão doce,
Faríamos juras de um Amor eterno,
E dormiríamos juntos como se nada fosse.

Ao saírmos de manhã, um "Amor, até logo!"
E a ausência forçada pela necessidade
E se a Deus peço, rezo e rogo
Que isto não fosse a realidade.

E à noite quando para casa voltasse,
Ali estarias serena, ouvindo a minha história
Quem me dera que o mais que ficasse,
Tivesse sido a mulher, não a sua memória

A vida sorriria para nós,
Guiando-nos na noite, aquela estrela
Não sentiria jamais a falta da tua voz
Tão linda, tão doce, tão bela.

Nem dos olhos meigos, tão gentis
Nem do corpo quente, que seduz
Nem do brilho que irradias quando sorris,
Não viveria no escuro, sem a tua luz.

E lá seguiriamos lado a lado,
De mão dada percorrendo o trilho,
Bafejados pela sorte com o tão desejado,
Fruto do nosso Amor, nosso Filho.

E por mais rápido que o tempo passe,
Prescuto pela janela o negro vazio das ruas
O Amor que te tinha em água feito corre na face
Escuto, imóvel, no silêncio palavras tuas.

E por culpa de uma insensata aventura,
Fiquei longe dos quentes lábios teus
O coração despedaçado agonizando, na tortura
Porquê tão grande para mim tal castigo de Deus????

E aqui fica pela última vez o que por ti sentia
Acabaram as palavras, nem uma linha ou um grito
E se de algo me vier a arrepender um dia,
Será por só Amor ter sentido e não to ter dito.

E se o Amor que te tinha me destrói,
E a ferida no coração ainda me arde,
O que de facto muito mais dói,
É saber que podíamos ter tido tudo, mas agora é tarde.

Por isso, Meu Amor, vou tratar de esquecer
O cabelo, o corpo, os olhos, os lábios teus,
Nem uma palavra triste voltará a nascer
De dentro de mim, dos lábios meus.

RIP

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

o site está baril fernando Silva Amora tens jeito continua

domingo, abril 17, 2005 9:48:00 da tarde  

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