quinta-feira, março 24, 2005

O Fruto Proibido

Pudesse eu estar agora contigo,
Seria bom que fosse fácil assim,
Teus braços o meu porto de abrigo,
Em dias que não tivessem nunca fim.

Revelar-te todos os meus desejos,
Afastar de ti quaisquer medos,
Afagar-te o cabelo, encher-te de beijos,
Guardar sem contar os teus segredos.

E se necessário for, montanhas movia,
Para te falar ou apenas a voz meiga ouvir,
Quem me dera ver-te mais um dia,
Dizer-te baixinho o que me fizeste sentir.

Tocar no teu corpo, pegar a tua mão,
Levá-la a sentir dentro meu peito,
O bater descompassado do coração,
Levar-te depois ao colo para o leito.

Ao acordar de manhã e ver-te deitada,
Sentir o "quentinho" que vinha desse lado,
Perceber que na noite agora adiada,
Fora real, eu não a tinha sonhado.

E se por "azar" nos afastássemos,
Nem que por um simples segundo fosse,
Bastava que apenas pensássemos,
Que o que tínhamos era mais doce.

Mas enquanto tal doçura não provamos,
E este sonho se vive na mente acordado,
Um dia pode ser que adormeçamos,
E acordemos juntos, lado a lado.

E quando nos voltássemos a ver,
Que bastassem os olhos falarem,
Que nada fosse então preciso dizer,
Para os corações se tocarem.

Mas és um fruto lindo e tão proibido
A maçã, que eu Adão, queria morder,
Mas que apesar do possamos ter sentido,
Talvez nunca venha tal a acontecer.

E por ser tão remota a possibilidade,
De ser como quero ver isto acabar,
Lembro teu sorriso, dá-me liberdade,
O não já tenho, o sim... talvez sonhar.

Who knows??? I don't!!!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

até te batia, mas é tão pequena!

terça-feira, abril 05, 2005 10:23:00 da tarde  

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