quinta-feira, abril 07, 2005

Perder-me...não me deixas!?

Por ventura já estou, sem saber,
Porque talvez não faça sentido,
Mas ainda assim vou-te dizer,
Onde eu andaria perdido.

Pode até ser uma ideia louca,
Fazê-lo assim tão de repente,
Mas sentir o sabor (morango) da tua boca,
Tal desejo sinto perdidamente.

Não me perder seria bem pior,
Talvez cruel, bem mais atroz,
Deambulava errante no teu calor,
Perdido na melodia da tua voz.

Ofuscado pela luz que irradias,
Não sei onde estou, o que me conduz,
Perdia-me em ti todos os dias,
Na tua beleza, no jeito que seduz.

Na tua maneira meiga e terna,
Nas curvas de teu corpo belo,
Na noite serias a minha lanterna,
Não o tenho, mas não queria perdê-lo.

E quanto mais descubro em ti,
Quanto mais vou ficando a saber,
Mais me perco sozinho por aqui,
Mais sinto que me iria perder.

Perco-me imaginando nós dois,
No que poderia então acontecer,
No antes, no agora e no depois,
Perco-me mais por te não ter.

Perdia-me nos teus passos,
Na alegria ou nas tuas queixas,
Perdia-me entre os teus braços,
Perdido encontrava-te, mas não deixas.

Encontrei-me quando te vi,
Que fosses a perdição que preciso,
Perdia-me em tudo o que há em ti,
Perco-me ao lembrar o teu sorriso.

Perco-me enquanto espero,
Perco-me na ténue esperança,
Não me perco em desespero,
Pois quem espera, sempre alcança.